sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ma belle - parte 2

Poucos se atreviam a bater na porta. Mas os que se atreviam, deveriam entrar. Poucos se atrevem a viver. E os que se atrevem, devem viver. Sem telhados, os barulhos de chuva eram constantes. Belle e a chuva. O nome do espetaculo atuado por ela todos os dias. Os olhinhos encharcados, sem saber onde se chorava e onde se chovia. Os cabelos escorridos. E o coraçao posto no varal para secar. As pessoas procuravam por vidas inteiras a casinha de Belle. Nao encontravam. Nao havia endereço. Ou se havia, nunca era o mesmo. Movia-se violentamente. Era uma metamorfose ambulante. Frases soltas, campos de morango e laços de vestido. As pistas levavam a todos os lugares e a lugar nenhum. Onde estarà Belle?

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