quarta-feira, 2 de novembro de 2011
(des)mentindo a despedida
Ela partiu às 07h00 do dia seguinte. Eu ainda sonhava sob o efeito da nossa ultima briga de silencios. Eu nao falava nada, enquanto ela calava tudo. Aos berros o fim foi sendo desenhado na madrugada que nao mais era de espirros provocados pela poeira da pilha de vinis espalhados pela sala e da fumaça de nossos cigarros nunca compartilhados. Ela soluçando palavras nunca antes nao ditas. Eu chorando ao contrario, por saber que a ultima noite nunca dura para sempre. O que durou, entre eu e ela, foi o nunca... para sempre.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Intenso. Principalmente o final.
ResponderExcluirCenas reais misturadas com surrealismo é o que difere um texto de uma arte.
ResponderExcluira)Silêncio doi; b) tudo passa
ResponderExcluir